SP TELEVISÃO: A Realidade da Ficção Portuguesa
Quando António Parente e Jorge Marecos criaram a SP Televisão, há exatamente 15 anos, traziam um passado no audiovisual com êxitos assinaláveis, como foram a NBP e a SP Filmes.
Terá sido o “sentimento de inquietude e necessidade de fazer”, nas palavras de António Parente, que levaram ambos à criação da produtora, no verão de 2007.
O que, na altura, parecia ser uma aventura com razoável dose de risco, transformou-se, passados 15 anos, na maior produtora de ficção no mercado audiovisual português, iniciando a penetração no mercado internacional.
Uma história de sucesso que vale a pena ser contada.
Capítulo 1 – A realidade do sonho
O Verão de 2007 marca o nascimento da produtora e também a sua imediata relação com a RTP, que comemorava os seus 50 anos de vida.
A SP Televisão responde a um concurso lançado pela operadora pública e produz o remake da novela Vila Faia, a primeira telenovela portuguesa, emitida em 1982.
Produz também aquele que viria a ser um assinalável êxito da RTP, a série de época Conta-me Como Foi, a partir de um original espanhol e que é, ainda hoje, uma das marcas de qualidade da televisão pública, emitida entre 2007 e 2011.
No ano seguinte, a SP conquista outro importante cliente, a SIC, produzindo as novelas Podia Acabar o Mundo (2008-2009) e Perfeito Coração (2009-2010), iniciando uma relação de continuidade até aos dias de hoje.
A novela Podia Acabar o Mundo, da autoria de Pedro Lopes, torna-se um marco importante na ficção portuguesa, porque assinala a conquista do prime time às novelas brasileiras, produzidas pela Globo.
A consagração da qualidade da ficção produzida pela SP chega em 2011, quando a novela Laços de Sangue recebe o Emmy Internacional.
O sonho de 2007 tornava-se realidade.